sábado, junho 24, 2006
Revista do Brasil: Confusão na crise do mensalão
Jornalistas e oposição ignoraram até mesmo as questões do senso comum: 1) Por que pagar "mensalão" a sete deputados do PT que já votam com o governo? 2) Por que deputados foram ao Banco Rural apenas uma ou no máximo três vezes, se era um "mensalão"? 3) Por que o governo teve dificuldade em aprovar projetos se estava pagando "mensalão" para que fossem aprovadas? 4) Por que pagar "mensalão" a um deputado como Roberto Brant, do PFL, opositor ferrenho do governo?
O noticiário omitiu sistematicamente que as empresas de propaganda ficam com apenas 15% a 20% do dinheiro que recebem dos clientes para o pagamento das campanhas na mídia.
Quando a Veja noticiou que empresas de Duda Mendonça receberam R$ 700 milhões em cinco anos, nunca esclareceu que, de cada R$ 100 recebidos, cerca de R$ 80 ficam para o veículo onde foi feito o anúncio. A própria Veja e outros veículos da Abril, por exemplo, faturaram R$ 11 milhões em anúncios via Duda Mendonça.
CPI e mídia acusaram fundos de pensão de desvio de dinheiro para o "valerioduto". Os fundos, que gerem centenas de bilhões de reais, contestam. "A imprensa preferiu fontes desqualificadas que alimentaram a desinformação", diz o presidente do fundo Petros, Wagner Pinheiro.
OS MECANISMOS DO LINCHAMENTO PELA MÍDIA
1. A mídia foi pautada diariamente pela oposição: acusações verbalizadas pela oposição de tarde, viravam manchetes factuais no dia seguinte.
2. Acusações que deveriam ser ponto de partida para uma investigação jornalística eram publicadas sem checagem. Bastava usar termos como "suposto", como observou Carlos Heitor Cony.
3. Os acusados não eram procurados para se defender e, quando eram, suas explicações eram tratadas com sarcasmo.
4. Surgiu um novo modo narrativo: basta ser indiciado para ser tratado como criminoso, mesmo que a acusação ainda esteja sujeita a ser rejeitada pela Justiça;
5. Nessa nova forma narrativa, escreveu o jornalista Carlos Brickman "qualquer medida judicial em favor de réus é chicana" e "qualquer absolvição é pizza, independente de prova". Qualquer declaração do acusador é, em princípio, aceita como verdade...
6. Nessa nova narrativa predominou a malícia. Em vez de elucidar os fatos, contextualizando-os e hierarquizando-os, optou-se pela desinformação e a suspeição.
7. Todo o fogo era dirigido apenas contra o PT. A grande imprensa ignorou, por exemplo, as denúncias contra o banqueiro Daniel Dantas, do Banco Opportunity, à lista dos doadores de Furnas. Ignorou ou relegou a segundo plano que o "valerioduto" foi criado pelo PSDB para a campanha de 1998 de Eduardo Azeredo, em Minas Gerais.
8. Palavras pesadas foram usadas com freqüência, sem pudor: "Palocci, estuprador de contas bancárias" (Augusto Nunes, no JB); "Lula, chefe da quadrilha" (Correio Braziliense); Ali Dirceu e os 40 ladrões"(idem).
9. Foi desencadeada uma perseguição incessante aos familiares de Lula e aos chamados "amigos de Lula", com arbitrária violação da vida pessoal.
10. Legitimou-se a linguagem preconceituosa contra Lula, inclusive por colunistas importantes; alguns jornalistas especializaram-se em descobrir em todas as falas de Lula uma "gafe".
11. Os meios de comunicação concentraram toda a cobertura na crise, desprezando acontecimentos importantes; Istoé deu 14 capas seguidas de crise; Veja deu mais de 20.
12. Depoimentos nas CPIs eram ignorados quando derrubavam acusações contra o governo.
13. Criou-se uma modalidade virulenta de jornalismo. Veja deu capas associan do o PT a animais (rato, burro), imagens posteriormente recicladas por articulistas na própria Veja e em outros veículos. Os nazistas fizeram isso com os judeus com o objetivo de derrubar toda e qualquer barreira psicológica ao seu extermínio.
14. Houve a "a tragédia da condenação sem julgamento", como disse em sua defesa o deputado do PFL Roberto Brant. Nenhum julgamento foi ainda feito na Justiça, mas na mídia e no imaginário social já estão todos condenados e suas imagens e reputações destruídas. Deu-se um linchamento midiático.
segunda-feira, junho 19, 2006
Dimasduto 9: Finalmente a lista original
“É uma conclusão oposta à de análises anteriores, incluindo uma da própria PF, realizadas sobre cópia xerox da lista que circulou na internet no início do ano e motivou a abertura do inquérito policial”, prossegue a revista.
Por que a imprensa não deu?
A reportagem recorda que, “à época, os laudos, apesar de evitarem conclusões definitivas, indicaram fortes indícios de montagem e a possibilidade de a assinatura do diretor de Furnas não passar de falsificação de boa qualidade. Foi o suficiente para políticos citados na lista, a maioria do PSDB e do PFL, apontarem uma armação da base governista para desviar o foco das denúncias que atingiam o PT e a administração Lula”, afirma.
A revista de Mino Carta estranha que os indícios de fraude na xerox ganharam as manchetes da imprensa, mas, “inexplicavelmente, a existência da nova análise, desta vez realizada sobre o que parece ser o original, não mereceu mais do que registros imperceptíveis em pés de páginas”.
Monteiro entregou o original da "Lista de Furnas” ao delegado federal Praxíteles Praxedes em 5 de maio. Com cinco páginas, o documento relaciona 156 políticos que teriam se beneficiado de caixa dois. O dinheiro movimentado, R$ 40 milhões, seria aplicado na campanha eleitoral de 2002. As maiores somas, sempre conforme a “Lista”, teriam sido para José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves, na época candidatos do PSDB à Presidência da República e governos de São Paulo e Minas, respectivamente.
Hipóteses em aberto
Para Carta Capital, “o fato de o documento não ter indícios de fraudes não significa que o conteúdo seja total ou mesmo parcialmente verdadeiro. Uma das hipóteses é que tenha servido de instrumento de chantagem. Dimas Toledo volta a ser o principal suspeito.” Na versão de Monteiro, Toledo teria confeccionado a lista em 2005 “como último recurso para se manter em Furnas”, onde permanecera no governo Lula.
A reportagem cita um texto enviado à revista por Rogério Marcolini, advogado de Toledo, em 14 de maio: “Não posso deixar de manifestar estranheza com o súbito aparecimento de documento, cuja apresentação vinha há muito sendo cobrada do senhor Nilton Monteiro, que mais de uma vez negou tê-lo em sua posse”, diz o advogado.
Também comparece no texto o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que afirmou ter recebido de Dimas Toledo R$ 75 mil para a campanha de 2002. Jefferson, porém, acha que as investigações da PF não darão em nada. “Uma lista com 156 próceres da República recebendo recursos de caixa dois na mão da polícia é a plena garantia de que o inquérito vai ser arquivado”, garante.
Com informações da Carta Capital
Leia também:
DIMASDUTO 8: Novas denuncias
Dimasduto 7: Autorizada quebra de sigilo de...Dimasduto 6: Monteiro vai apresentar a Lista...
Dimasduto 5: PF descobre carimbos originais da...DIMASDUTO 4: E agora José?
DIMASDUTO 3: Acordão na Camara mas...DIMASDUTO 2: Polícia Federal investiga lista de ...
DIMASDUTO: Jefferson confirma o recebimento de...quarta-feira, junho 14, 2006
Avaliação do governo Lula melhora entre os mais instruídos e já é a melhor dede o ínicio da gestão
A quantidade de brasileiros com nível superior de escolaridade que considera o governo Lula ruim ou péssimo passou, em junho, a ser menor que o percentual que elogia o desempenho da gestão atual.
De acordo com o levantamento, entre os entrevistados com maior índice de instrução, 33% consideram o governo ótimo ou bom contra 29% que o classificam como ruim ou péssimo.
De modo geral, o levantamento da CNI/Ibope mostrou que 44% dos entrevistados consideram o governo bom ou ótimo, o melhor percentual desde o início da gestão Lula.
com informações da Folha on Line
terça-feira, junho 13, 2006
PF vai ouvir 80 pessoas sobre caixa dois tucano
A polícia suspeita que o caixa dois foi abastecido com recursos de estatais mineiras e de empreiteiras. Documentos recolhidos pela PF no final do ano passado indicam que a campanha de Azeredo teria movimentado aproximadamente R$ 100 milhões sem declarar à Justiça Eleitoral e à Receita Federal.
Entre os papéis em poder da polícia está um relatório de despesas assinado por Cláudio Mourão, ex-tesoureiro da campanha de Azeredo. O dossiê informa que boa parte dos recursos foi transferida para financiar campanhas de deputados e vereadores, aliados do senador tucano.
Azeredo diz que gastou R$ 8,5 milhões na campanha
Pelas informações já colhidas pela polícia, o suposto caixa dois teve a participação também do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, denunciado como um dos principais operadores do caixa dois petista no inquérito do mensalão.
O senador Eduardo Azeredo foi interrogado pela PF ano passado, logo no início das investigações. O senador disse que nada sabia sobre o suposto caixa dois. Em declaração encaminhada à Justiça Eleitoral, Azeredo sustenta que gastou apenas R$ 8,5 milhões ao longo de sua campanha pela reeleição ao governo de Minas, em 1998.
Com base nas sugestões do procurador-geral Antônio Fernando, a equipe do delegado Luiz Flávio Zampronha fez uma lista com os nomes de 80 pessoas que devem ser ouvidas a partir da próxima segunda-feira. A PF deverá interrogar de novo Marcos Valério, Cláudio Mourão e os políticos que teriam se beneficiado do chamado valerioduto tucano.
O dossiê de Cláudio Mourão chegou à PF pelas mãos do lobista mineiro Nilton Monteiro. No início, o documento foi encarado com reserva. Mas depois que a perícia técnica constatou a autenticidade dos papéis, a PF e o Ministério Público decidiram ampliar a apuração.
Também na semana passada, o ministro do STF, Joaquim Barbosa, relator do caso do mensalão, pediu à PF que interrogue Marcos Valério, a ex-diretora da SMP&B Geiza Dias dos Santos e o banqueiro Daniel Dantas, entre outros. Barbosa quer que eles esclareçam alguns aspectos do valerioduto petista que teriam ficado obscuros na primeira etapa das investigações.
Para a PF, investigação é desdobramento natural
Para a polícia, a retomada das investigações sobre o valerioduto mineiro é um desdobramento natural das investigações sobre o mensalão. Na primeira fase, a PF investigou a movimentação financeira de Marcos Valério de 2002 até o ano passado. Agora, para polícia, chegou o momento de centrar as investigações nos negócios que Valério fez entre 1998 e 2002. Num dos primeiros despachos sobre o caso, o então presidente do STF, Nelson Jobim, determinou que as investigações sobre o mensalão teriam que retroceder às origens do valerioduto.
FONTE: O Globo
Ibope mostra disparada de Lula e estagnação de Alckmin
Se a eleição fosse hoje o presidente Lula seria reeleito com mais de 63% dos votos válidos, segundo a pesquisa encomendada pela CNI. Em simulação de segundo turno entre Lula e Alckmin, o presidente teria 53% contra 29% de Alckmin. Na pesquisa de março, Lula tinha 49% e o tucano, 31%.
A pesquisa IBOPE ainda mostra que Lula possui o menor índice de rejeição entre os prováveis candidatos a sucessão presidencial, com 28%. Alckmin aprsenta índice de rejeição de 34% e Heloisa Helena 36%.
A pesquisa foi feita a partir de 2.002 entrevistas, feitas entre os dias 5 e 7 de junho, em 143 municípios espalhados por todo o país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
segunda-feira, junho 12, 2006
Ronaldo é Lula
Após a confraternização, que durou cerca de uma hora, seu Nélio atendeu rapidamente a imprensa e revelou não estar sabendo do entrevero, já superado, entre o atacante do Real Madrid e o presidente Lula.
"Estava em Munique, não acompanhei o noticiário", disse. "Mas o Lula é uma grande personalidade, o admiro muito. Votei e voto de novo nele", continuou empolgado.
Seu Nélio foi além. "O Ronaldo também vota no Lula", disparou, quando foi imediatamente censurado pelo assessor do jogador, que informou que o "Fenômeno" não vota no Brasil. Mas, mesmo na Espanha, o atacante pode recorrer a uma embaixada.
FONTE: Blog dos Enviados
sexta-feira, junho 09, 2006
Lula conversa com a Seleção
O único momento político da conversa do presidente Lula com a Seleção Brasileira partiu do coordenador técnico Zagallo. Ao responder a pergunta de Lula sobre como estava seu entusiasmo, Zagallo disse: "Presidente, eu vim com 110 volts do Brasil e aqui estou com 220. Eu não perdi a voltagem não, ela aumentou. De modo que, se tiver que dar curto circuito, vai dar neles, não na gente. E, presidente, nós começamos a Copa do Mundo com o nosso número 13 (dia da estréia na Copa), o 13 do PT, o 13 do meu Santo Antônio."
Fonte: Estadão
Distribuição de renda cresce 4 vezes no governo Lula e já é a melhor desde 1960
A pesquisa aponta que, em 2004, a renda média do brasileiro cresceu 3,6%, enquanto a renda dos mais pobres chegou a crescer 14,1%.
A distribuição de renda no governo Lula cresceu quatro vezes mais que nas duas gestões anteriores. De 2002 a 2006, a renda recebida pelos 50% mais pobres cresceu 0,53% ao ano. De 1993 a 2002, o crescimento foi de apenas 0,12% anual.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acaba de medir o impacto do aumento do salário mínimo e dos recursos do Bolsa-Família sobre a desigualdade social. As projeções mostram que a participação dos 50% mais pobres na renda nacional aumentará de 14,3% para 15,1% entre 2005 e 2006.
Em 1993, a parcela menos privilegiada da população possuía apenas 12,1% da renda, percentual que diminuiu ainda mais nos anos seguintes, chegando a somente 11,9% em 1996.
"Verificamos que houve aceleração muito significativa na distribuição de renda", afirmou o presidente do BNDES, Demian Fiocca.
A pesquisa elaborada pela equipe de assessoria econômica do banco não considera o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) -projetado para 4,5% neste ano- e o aumento do emprego formal. Os dois fatores deverão potencializar o salto na distribuição de renda, de acordo com Fiocca.
"Há um entendimento de que o País precisa de políticas públicas específicas para a população mais pobre", disse, referindo-se ao aumento do Orçamento para o programa de transferência de renda, o Bolsa-Família, R$ 6,5 bilhão e o reajuste do salário mínimo, de R$ 300,00 para R$ 350,00.
FONTE: Investnews, Bondenews, O Globo e Agência Brasil
quinta-feira, junho 08, 2006
ACM precisa ser processado por incitação ao golpe
Na manhã desta quarta-feira 7, o jornalista Alexandre Garcia disse no telejornal Bom Dia Brasil que o vandalismo na Câmara dos Deputados lembra fato ocorrido em 1989, quando, segundo ele, petistas teriam seqüestrado Abílio Diniz.
Ocorre que os seqüestradores não eram petistas. O PT foi acusado de envolvimento, graças à postura de parte da mídia e graças à “ajuda amiga” do governo de São Paulo, que obrigou pelo menos um seqüestrador a vestir a camisa do PT.
A afirmação de Alexandre Garcia é tão abusiva, que parece ato falho. Aliás, há pelo menos três hipóteses para o quebra-quebra na Câmara: a primeira, que o MLST tenha decidido fazer o que fez. A segunda, que as pessoas presentes à manifestação não tivessem preparo político e ideológico, daí o total descontrole. A terceira hipótese é que tenha havido infiltração e provocação.
A divulgação, pela TV Câmara, de uma fita de vídeo onde estaria registrada a reunião onde se planejou a ação, reforça esta última hipótese. Neste sentido, Alexandre Garcia pode ter razão: este episódio parece com o seqüestro do Abílio Diniz. Parece uma armação, extremamente conveniente para a oposição de direita, que está com dificuldades para crescer nas pesquisas.
A direção e a bancada do PT condenaram o vandalismo. Bruno Maranhão foi afastado da executiva nacional. Cabe agora investigar o que de fato ocorreu. E fazer uma defesa enfática das liberdades democráticas.
A direita exigiu que Aldo Rebelo, presidente da Câmara dos Deputados, convocasse as “tropas” para dentro do Congresso. Há quem pense que a oposição queria uns cadáveres, para neutralizar os efeitos da política de insegurança praticada pelos tucanos no estado de São Paulo. A direita aproveitou do episódio para defender a criminalização dos movimentos sociais, quando o que este país precisa é de mais mobilização e de mais governos que respeitem os movimentos.
O mais grave, entretanto, foi o posicionamento do senador Antonio Carlos Magalhães. Vejamos suas palavras, ditas no plenário do Senado, tal como foram divulgadas na imprensa:
"Eu pergunto: as Forças Armadas do Brasil, onde é que estão agora? (...) Foi uma circular do presidente Castelo Branco, em março de 64, mostrando que o presidente da República não poderia dominar o povo sem respeitar a Constituição, que deu margem ao movimento de 64. (...) As Forças Armadas não podem ficar caladas. Esses comandantes estão aí a obedecer a quem? A um subversivo? Quero dizer, neste instante, aos comandantes militares, não ao ministro da Defesa porque ele não defende coisa nenhuma (...), reajam enquanto é tempo. Antes que o Brasil caia na desgraça de uma ditadura sindical presidida pelo homem mais corrupto que já chegou à Presidência da República".
Lembremos que em 1964 era corrente a acusação de que Jango e Brizola queriam uma “república sindicalista”. O senador deveria ser processado por incitação ao golpe. Afinal de contas, há vários tipos de vândalos. O senador é do tipo mais perigoso.
MLST: A invasão dos 'bárbaros'
Leia aqui.
Lula condena violência e reafirma diálogo com movimentos sociais
"Aqui já entrou sem-terra, sem-teto, todo tipo de movimento que vocês possam imaginar. Nunca, em nenhum momento, criamos qualquer dificuldade para que o movimento pudesse vir aqui, entregar reivindicações, reclamar. E vamos continuar agindo assim", destacou.
Segundo o presidente, as pessoas podem protestar, mas não usando a violência. "O que vimos ontem não foi uma cena de democracia, foi uma cena de vandalismo de pessoas que perderam o limite de responsabilidade no trato da coisa pública", disse. "Quem praticou vandalismo pagará pelo vandalismo praticado. Quem pratica democracia será beneficiado pela democracia que nós estamos construindo", acrescentou.
O presidente lembrou que começou a vida política nos movimentos sociais e sindicais e que sempre defendeu o respeito aos limites impostos pela democracia.
"Na minha cabeça, sempre permeou a certeza de que a democracia também nos impõe limites de responsabilidade e limites das coisas que podemos ou não fazer. Na medida em que extrapolarmos os limites impostos pela democracia, estaremos cometendo atos ilegais, e, portanto, estaremos à disposição de pagar o preço de desrespeitar a democracia", afirmou.
quarta-feira, junho 07, 2006
Renda maior diminui procura por emprego informal
Em abril deste ano, segundo o IBGE, houve índice recorde de empregos com carteira assinada no setor privado da economia: 41,8%, o que equivale a 8,3 milhões de trabalhadores nas seis regiões metropolitanas brasileiras pesquisadas.
"Uma economia mais estável, que promova mais segurança para o investidor, impulsiona um mercado mais seguro", afirma Azeredo.
Em relação ao crescimento do rendimento do trabalhador, ele diz que uma renda familiar maior diminui a necessidade de se buscar o caminho da informalidade para complementar a remuneração.
"Quando você tem uma queda no rendimento no seio familiar, você impulsiona mais pessoas daquele domicílio a procurar algo a fazer, a fim de complementar a renda familiar. Aí, você vê um aumento da informalidade".
Segundo ele, o maior índice de trabalhadores com carteira assinada, antes de abril de 2006, havia sido registrado em abril de 2002: uma taxa de 40,3%.
Para ministério, programas de geração de emprego e renda explicam aumento de emprego formal
Além do crescimento da economia, os programas de geração de emprego e renda são fatores que explicam o aumento do emprego formal no país, de acordo com o assessor especial do ministro do Trabalho, Rogério Nagamini. Em abril, o grau de formalização do mercado de trabalho ultrapassou 54%, segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea). No mesmo período de 2003, esse percentual era de 50%.
"Todo esse conjunto de mais crescimento econômico e melhora nos programas de geração de emprego e renda está sendo fundamental para explicar esse resultado expressivo do emprego formal", afirmou.
Ele cita como exemplo o aumento de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que entre 2003 e março de 2006 foi de R$ 45,9 bilhões frente aos R$ 34 bilhões entre 1995 e 2002. Nagamini lembra ainda o aumento de desembolso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), dos recursos para agricultura familiar e financiamentos na área de habitação.
O assessor do ministro do Trabalho diz que não se trata apenas da formalização de postos de trabalho já existentes, mas de criação de novos empregos. "Muitas vezes as pessoas pensam que é uma mera questão de formalização, mas se analisarmos os dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio, vemos claramente que os empregos formais começaram a crescer em um ritmo mais acelerado e os informais, em um ritmo menor", explica.
Para 2006, a expectativa é de que o emprego formal continue crescendo. "Em 2005 foram gerados, 1,2 milhão empregos com carteira. A expectativa é que em 2006 se gere 1,4 milhão", disse.
FONTE: Radiobras
Poder de compra é o maior em 24 anos
De acordo com o Dieese, é a primeira vez desde 1982 que o assalariado gastou menos da metade do salário líquido recebido para adquirir a cesta, considerando a média do país. O resultado foi registrado em oito das 16 capitais pesquisadas pela entidade; nas restantes, esse percentual variou de 50,54% (Vitória - ES ) a 55,38% (São Paulo -SP).
O mês de abril registrou praticamente o mesmo índice (48,63%), mas o cálculo foi feito sobre o reajuste para R$ 350,00, que passou a valer em maio. Tanto em maio como em abril, o Dieese apurou que o trabalhador precisou trabalhar 98 horas e 49 minutos para adquirir a cesta.
terça-feira, junho 06, 2006
Computador popular chega à classe C e vendas disparam
FONTE: Valor Econômico
Distribuição de renda cresce 4 vezes no governo Lula, segundo BNDES
As projeções mostram que a participação dos 50% mais pobres na renda nacional aumentará de 14,3% para 15,1% entre 2005 e 2006. Em 1993, a parcela menos privilegiada da população possuía apenas 12,1% da renda, percentual que diminuiu ainda mais nos anos seguintes, chegando a somente 11,9% em 1996."Verificamos que houve aceleração muito significativa na distribuição de renda", afirmou o presidente do BNDES, Demian Fiocca.
A pesquisa elaborada pela equipe de assessoria econômica do banco não considera o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) -projetado para 4,5% neste ano- e o aumento do emprego formal. Os dois fatores deverão potencializar o salto na distribuição de renda, de acordo com Fiocca."Há um entendimento de que o País precisa de políticas públicas específicas para a população mais pobre", disse, referindo-se ao aumento do Orçamento para o programa de transferência de renda, o Bolsa-Família, R$ 6,5 bilhão e o reajuste do salário mínimo, de R$ 300,00 para R$ 350,00.
FONTE: Agência Brasil
Montagem sobre o caso Daslu
sexta-feira, junho 02, 2006
Daslu é suspeita de nova fraude nos impostos
Segundo a Receita Federal, a Daslu deixou de recolher Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que incidiria sobre a margem de lucro da loja ao vender a carga, cujo valor de varejo é avaliado em R$ 5 milhões. Segundo a assessoria do Ministério Público Federal, descontados os R$ 170 mil recolhidos pela Columbia, deixaram de ser pagos pela megaloja mais R$ 330 mil em impostos.
A fraude foi descoberta pela Receita Federal, em janeiro, no aeroporto de Navegantes, onde a carga foi apreendida. Os produtos importados tinham a etiqueta da Columbia Trading sobreposta às da loja. As informações do caso foram reunidas junto com o processo que existe em São Paulo contra a Daslu. A proprietária Eliana Tranchesi e seu irmão Antonio Carlos Piva de Albuquerque e os proprietários de cinco importadoras que operavam para a Daslu respondem na 2ª Vara Federal de Guarulhos por quadrilha, descaminho (fraude em importação) e falsidade ideológica.
O leilão da carga já havia sido determinado em abril após ser negado mandado de segurança pedido pela Daslu para liberar a carga.
Redação Terra
Leia também:
Ibope: Lula tem hoje 63% dos votos válidos
FONTE: Folha de São Paulo
quinta-feira, junho 01, 2006
Lulinha paz e amor
Fernando Soares Campos, maio de 2006.
Entretanto o ódio e o desespero expressos pela oposição, através da mesquinhez de palavras, gestos e ações contra o governo Lula, são perfeitamente compreensíveis. Incompreensível, para esses políticos intoxicados pelo próprio veneno, é o carinho que o povo tem dedicado ao presidente, mesmo depois do massacre midiático. Eles ainda não entenderam por que o povo não sucumbiu aos apelos da mídia-empresa.
Nos primeiros momentos da deflagração do plano golpista, entre julho e outubro de 2005, quem usava os transportes coletivos, freqüentava filas de bancos, de hospitais, de caixas de supermercado, entre tantas outras, podia ouvir ou participar de discretas discussões sobre as acusações bombásticas que os meios de comunicação de massa alardeavam sobre as declarações do ex-deputado Roberto Jefferson, que denunciou um suposto esquema de compra de votos de parlamentares da base de apoio ao governo. Além dos telejornais, o assunto passou a ocupar espaço nos programas religiosos, esportivos e culturais. Jornais e revistas trataram do assunto até nas seções de óbito, mas principalmente nas páginas policiais. A classe média não dormia sem as últimas do dia: as galhofas do showman Jô Soares. As tribunas do Congresso foram transformadas em palanques e as salas da CPMIs em auditório de tevê. Vivemos hoje os últimos episódios desse deprimente espetáculo macarthista, onde figurinhas como ACM Neto e Rodriguinho Maia realizaram seus ritos de passagem, consagrando-se legítimos herdeiros e porta-vozes da nova leva de políticos representantes das oligarquias que há 500 anos mantinham o controle do poder institucional.
Por que a popularidade do presidente Lula balança, mas não cai?
Continue lendo AQUI
Brasil crescerá 3,5% em 2007, diz consultoria
De acordo com a consultoria, "o ímpeto do setor externo deve esmorecer, mas a demanda interna vai começar a desempenhar um papel significante no estímulo da economia".
O consumo também deve ser impulsionado por uma expansão do crédito e um crescimento real da renda, que vem aumentando "significativamente" desde 2003, segundo a EIU.
Os analistas prevêem ainda que taxas de juros mais baixas devem incentivar o consumo de bens de consumo duráveis nos grupos de mais alta renda, enquanto aumentos no salário mínimo devem levar a uma melhora na renda da "maioria pobre".
De acordo com a consultoria, os investimentos nos setores público e privado também devem ganhar fôlego.
'Melhora marcante'
O relatório cita também uma "melhora marcante" na situação macroeconômica e financeira do país nos últimos anos.
A política econômica e monetária do governo brasileiro é elogiada por "conduzir mais à estabilidade de longo prazo" e por atacar a inflação, enquanto a política fiscal teria "buscado administrar a dívida pública (em vez de priorizar o crescimento econômico)".
"Na carona da melhora da situação fiscal, a vulnerabilidade aos choques externos foi reduzida pelo pagamento adiantado de parcelas da dívida do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do clube de Paris, que deixaram o país livre da dívida pela primeira vez em mais de uma década."
A EIU lembra também que o governo brasileiro está envolvido em um programa "agressivo" de compra de títulos da dívida externa que "deve aliviar muito o ônus do pagamento entre 2007-10, além de reduzir a vulnerabilidade do país a variações de câmbio e de taxas de juros".
FONTE: BBC Brasil
EXTRA! A REVISTA VEJA CONSEGUIU UMA ENTREVISTA EXCLUSIVA DA ZILDETE
O SOMBRA E ARCANJO PLANEJANDO A MORTE DE CELSO DANIEL.
SÉRGIO: "Arcanjo, quero um pistoleiro para matar o prefeito de Santo André, Celso Daniel."
ARCANJO: "Tudo bem. Deixa comigo. Aceita um cafezinho?" Arcanjo vira pra cozinheira sentada no sofá com os dois e diz: "Serve um café pro Sérgio, Zildete." Ela se levanta e serve o café pro Sérgio e para Arcanjo.
ARCANJO: "Bom, então é pra matar o Celso Daniel?"
ZILDETE: "É sim. Fiz agorinha
ARCANJO: "Então está combinado. Mandarei dar cabo do prefeito Celso Daniel.
SERGIO: "Obrigado Arcanjo, por providenciar o assassinato do Celso e obrigago pelo café,
Zildete. Tchau pra vocês."
ZILDETE: "Tchau!"
ARCANJO: "Tchau!"
Leia o post completo AQUI
País tem recorde de geração de empregos
O nível de emprego formal, ou seja, com carteira assinada, subiu 0,87% em abril, em relação a março. O resultado é considerado o segundo melhor para o mês de abril da série apurada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgada hoje (23) pelo Ministério do Trabalho. No total, foram gerados 229.803 novos postos de trabalho. O acumulado dos quatro primeiros meses do ano bateu o recorde para o período.
A pesquisa identificou crescimento do emprego em todos os setores de atividades, com destaque para a indústria e serviços. A indústria de transformação, como as de produtos alimentícios, metalúrgicas e têxteis, contribuiu com 78.481 postos, o segundo maior saldo de geração de empregos no setor. No mês anterior, haviam sido 25.062 postos, ou seja, em um mês houve aumento de 53.419 postos. O número se aproxima do melhor desempenho, verificado em abril do ano passado, quando foram gerados 79.495 postos.
Desde o início do ano, já foram gerados 569.506 postos de trabalho, pelos dados do Caged. Esse resultado é considerado o melhor para o primeiro quadrimestre do ano. De acordo com o Ministério do Trabalho, a elevação é justificada por fatores sazonais relacionados ao agronegócio, aos efeitos positivos da balança comercial, à redução da taxa de juros e às medidas de incentivo à construção civil.
De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, o aumento tem relação com a política macroeconômica. "Esse ano os juros estão colaborando para que a indústria de transformação retome o crescimento", disse. O setor de serviços teve aumento de 72.627 postos de trabalho; a agricultura gerou 32.718 postos; o comércio gerou 26.656 empregos e a construção civil contribuiu com 12.628 postos.
No período de 12 meses (desde abril de 2005), foi gerado cerca de 1,2 milhão de empregos. O ministro Luiz Marinho afirmou que a meta para este ano é gerar 1,4 milhão de postos de trabalho. No ano passado, foi gerado 1,2 milhão.
Agência Brasil
PSDB apresenta propaganda enganosa no horário eleitoral
publicou hoje o seguinte texto:
”A propaganda eleitoral do PSDB que foi ao ar na noite de anteontem em rede de TV citou indevidamente uma reportagem publicada no Valor no dia 22 de maio de 2006, intitulada "Orçamento da Segurança Pública cresceu 70% na gestão Alckmin".
No programa, uma voz afirma que iria mostrar a verdade sobre a segurança em São Paulo e estampou o título da matéria. Muito embora isso esteja no começo da reportagem, devidamente comprovado pelos dados obtidos pela reportagem no Sistema de Gerenciamento Orçamentário do Estado de São Paulo (Sigeo), o restante - e maior parte - não foi mencionado pelo partido: as prioridades de investimentos entre os anos de 2001 e 2005 -período em que Geraldo Alckmin esteve no comando do governo do Estado.
A reportagem revelou que a política de segurança pública na era Alckmin focou o policiamento repreensivo em detrimento dos policiamentos investigativo e técnico-científico. Isso foi comprovado pelos valores investidos nas polícias responsáveis por cada uma dessas áreas. Na Polícia Militar (prevenção), foram R$ 285,7 milhões; na Civil (investigação), R$ 8,5 milhões; e na Superintendência Técnico-Científica, R$ 1,9 milhão.
A reportagem mostrou ainda que a maior concentração de investimentos em segurança foi em 2002, quando Alckmin foi candidato à reeleição. Naquele ano, os investimentos feitos na PM alcançaram R$ 102 milhões, dos quais R$ 83,5 milhões só para a compra de carros. No mesmo ano, foram investidos na Polícia Civil R$ 1 milhão e, na científica, R$ 89 mil. Esses dados também não foram citados no programa.
O PSDB também não mencionou as conclusões do especialista ouvido pela reportagem, Guaracy Mingardi, diretor científico do Instituto Latino Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente - organização não-governamental vinculada à ONU. Sobre os dados apresentados, Mingardi afirmou: "O resultado disso afeta a qualidade da investigação. (...) Priorizar a PM significa deixar de focar a investigação. E a investigação é central no combate ao crime organizado, que, geralmente, não comete crimes que a PM possa evitar. Por exemplo, o tráfico de drogas. A polícia militar consegue pegar mais pequenos e médios traficantes. Para se chegar aos grandes, é necessário investigar. Mas para isso precisa dar qualidade a essa investigação. E essa qualidade é dada reforçando a polícia civil e, especialmente, a técnica".”